
Depois de um tempo não tendo paciência para livros grandes – o que, vindo de uma pessoa que adorava calhamaços, é bem estranho – decidi focar em textos curtos e rápidos, porém igualmente profundos (ou até mais; depende da intensidade do soco, certo?).
De alguma forma, fui parar no meio dos volumes de poesia!
Me perdi em versos e estrofes; até mesmo em prosas poéticas também. Então descobri que tenho essa inclinação a apreciar poemas mais do que meus outros colegas em Escrita Criativa. E, falando nisso, tive até uma cadeira só pra analisar a lírica; a outra era mais prática, pra escrever poemas do jeito que viessem na nossa mente.
Pensando nisso, decidi montar uma lista de autores clássicos que li ou gostaria de ler. Eles variam de estilo: alguns muito românticos, outros muito diretos (no nível nu e cru). Considerando as diferentes gerações, é normal – porém cada um se tornou clássico por algum motivo em especial.

Vou começar pelo meu favorito. Allen Ginsberg foi um dos maiores influenciadores da sua época, nos anos 50, na famosa Geração Beat. Com seus versos desconexos e realistas, abordando temas polêmicos como: drogas, sexo (e repressão/depravação sexual), materialismo, a contracultura, o movimento Beat e as religiões orientais.
Seus versos eram mais livres, diferente dos acadêmicos aos quais sentia forte aversão – alguns ele reconhecia o trabalho, é claro. Abertamente contra o governo, adepto ao movimento hippie e homossexual assumido, Ginsberg não fez poesia apenas pela “beleza do trabalho”; ele tinha algo a dizer. Disse tantas coisas que acabou tendo problemas com certas universidades, agências nacionais e até mesmo parou em “hospícios”. (Uma mente caótica, eu diria!)
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